domingo, 20 de setembro de 2009

Eu ainda não aprendi a Amar


Hoje, depois de ouvir alguém falando de amor e apesar das inúmeras vezes que já ouvi algo sobre este tema e de achar tudo lindo e poético e que me atrevia a achar que já sabia alguma coisa sobre este "bendito amor", descobri que na realidade ainda não sei amar incondicionalmente, mas será que alguém já sabe?...

Bem, em se tratando de Deus eu tenho plena convicção que isto é possível, mas eu? acho que não, ainda não; porque amar como Deus quer que amemos, é quase impossível, veja bem, eu disse: quase, até porque acredito que Deus pode todas as coisas em nós e Ele pode perfeitamente nos tornar pessoas melhores, desprovidas de egoísmos, orgulho, e tantas outras coisas que nos atrapalham e não permitem que Ele realize tal transformação, porque muitas vezes não estamos dispostos a sofrer (o amor tudo sofre), a suportar (o amor tudo suporta), a acreditarmos em tudo (o amor tudo crer), a sermos pacientes (o amor é paciente), a sermos bondosos (o amor é benigno), a não termos ciúmes (o amor não arde em ciúmes), a não sermos orgulhosos (o amor não se ufana), a não sermos vaidosos (o amor não se ensoberbece), a não sermos grosseiros, nem egoístas (o amor não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses), a não ficarmos irritados (o amor não se exaspera), nem guardarmos mágoas (o amor não se ressente do mal), porque quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, quem ama nunca desiste e por aí vai, segundo a definição de 1Co 13 e tudo isso requer de nós renúncia, algo muito difícil e portanto muitas vezes preferimos nos fechar para esse desafio que é amar.

O Amor realmente é lindo e poético, mas falo desse amor citado na referência acima, não desse das novelas, filmes, seriados, internet, etc. um amor sem compromisso, sem doação, sem renúncia, amar assim é fácil, mas não é o amor verdadeiro, o amor que jamais acaba. O amor com o qual costumamos amar, acaba depois de algumas decepções e quem sabe até depois da primeira? porrque às vezes investimos tanto em alguém e no mínimo esperamos que esse alguém reconheça esse investimento e esse é o erro principal de quem diz que ama, esperar algo em troca e quando se percebe que o outro não te deu o "devido" valor, chega-se a conclusão que amar, não vale a pena e que ainda não se está preparado pra tal coisa, mas se não se insistir nunca conseguiremos é preciso estar disposto a passar por todas essas provas citadas no referido texto (1Co 13) pr'a estar apto a viver este amor.

Eu confesso que gostaria muito de aprender a amar assim, só não sei se já estou disposta a enfrentar esse "tudo suporta", uma coisa eu sei, que tenho que ter como exemplo o amor de Deus por nós, pois quem de nós merece ser amado tanto assim como Ele ama? ou quem de nós o ama da mesma forma? no entanto eu desafio a qualquer um a dizer e a provar que Deus desistiu de alguém ou que Ele ama mais um do que outro, impossível. Ele é Deus e é perfeito e sabe que também somos capazes de amar com o amor verdadeiro, mesmo que sejamos imperfeitos, basta para isso que neguemos a nós mesmos e deixemos que Ele viva plenamente em nós e o que eu descubro agora é que eu ainda não me converti totalmente, pois parte de mim quer amar e a outra parte, egoisticamente, quer ser amada e essa parte que quer amar, se sente bem amando, mas a outra parte ainda não consegue se despojar, ainda não consegue por em prática todas as características do amor e amar pela metade não é o amor verdadeiro e isso me deixa com um sentimento de culpa, uma certa tristeza, uma sensação de não estar completa, enfim, preciso de ajuda, tô sentido que fracassei depois de ter tentado tanto e sem nenhum resultado, achei que sabia amar, conclui que ainda tenho muito (ou tudo)a aprender e tendo como referência o Amor de Deus, aprendo que todos precisam ser amados mesmo que não mereçam e o que me falta é colocar isso em prática. Que Deus me ajude a tomar essa decisão, porque o amor, é o maior dos sentimentos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Ele Queria estar Lá



Uma grande história que não teve um final feliz, um grande talento, uma grande fortuna, fama, sucesso, tudo o que o dinheiro pode dar, mas a grande e sonhada paz e a felicidade, ele nunca teve, apesar de ter buscado tanto, o que todos querem é tão simples e o que ele queria era apenas "estar lá", mas lá aonde? certamente onde ele pudesse se sentir amado, onde pessoas não se aproximassem dele por causa do seu dinheiro e do que ele pudesse proporcionar-lhes de material, enfim, onde ele pudesse ser ele mesmo, onde ele se olhasse no espelho e gostasse do que visse sem ter que tá mudando sempre até não ter mais o que mudar ou não poder mais mudar por conta dos efeitos colaterais de cada resultado, coitado! escravo da sua própria insatisfação, até que tudo acabou, um dia tudo sempre acaba e pra ele esse dia chegou, afinal poderá descansar de tudo isso, mas será que pro lugar pra onde ele foi, ele terá descanso? Não sabemos, isso só Deus sabe e o que fica é sempre a certeza de que Felicidade só em Jesus, por isso ele era infeliz, buscou em tudo e em todos, menos na pessoa certa, que fique também o exemplo pra não ser seguido por todos os demais que insitem nessa corrida louca por fama, sucesso, dinheiro, porque tudo isso é passageiro, a vida sim, é eterna. A sabedoria de Deus, através de sua Palavra (Mt 6:19,20) diz: "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros, tesouros no céu..." e ainda "O que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? (Mt 16:26). Infelizmente, Michael estava tão ocupado tentando se encontrar, que acabou se perdendo em meio a tantos caminhos e por não observar esta Palavra terminou sendo vítima da sua própria ignorância.

sábado, 20 de junho de 2009

Apenas pra refletir um pouco


Ontem recebi a triste notícia de que uma velha amiga partiu pr'a eternidade, e como é de costume, visitei a família tentando levar um pouco de consolo, ainda que, nem sempre saibamos o que falar nesses momentos, mas o simples fato de nos fazermos presentes, já demonstra nossa atitude de querer compartilhar essa dor que para a maioria é algo insuportável.

E involuntariamente acabamos por "aproveitar" um momento como esse para refletirmos sobre a fragilidade das nossas vidas. Hoje estamos vivos, amanhã, quem sabe se estaremos?

Essa fragilidade ou transitoriedade deveria nos levar a tomar certos cuidados no que diz respeito a como temos vivido, porque não basta apenas estarmos vivos, tem-se uma vida pra se viver, e o que fazemos ou como nos comportamos diante dela é o que vai determinar a qualidade de vida que teremos, não falo necessariamente de saúde física, mental, espiritual, etc., mas de uma vida de responsabilidades a cumprir, porque já que vivemos em "sociedade", obrigatoriamente nos deparamos com regras, limites, deveres, etc., os quais devem ser observados por cada indivíduo que dessa sociedade participa e o que temos percebido é que hoje em dia a grande maioria tem preferido viver alheia a tudo isso e se recolher ao seu "mundinho" e cada qual criando suas próprias regras, esquecendo-se do seu próximo e dos seus deveres para com ele e o resultado e também como consequência disso, temos nos chocado cada vez mais com tamanha frieza de certas pessoas que desmedidamente estão agindo como se somente elas existissem ou como se quisessem ser os donos do mundo, cometendo os mais absurdos atos contra seu semelhante, sem respeito e sem amor nenhum à vida, nem à sua, nem às dos outros e o que é pior, levando muitos a acreditarem que isso é irreversível e que a tendência é piorar.

Até certo ponto é verdade, se realmente deixarmos de acreditar em Deus e nos desesperarmos, isso não vai parar e um dia um de nós será a próxima vítima. Deixar de acreditar em um futuro melhor só piora tudo, como viveremos? amedrontados? desanimados? infelizes? incrédulos? ou não será melhor buscar todas essas respostas em Deus que tudo pode?

Não perder a fé é tudo o que precisamos para enfrentar os desafios da vida, inclusive o da morte que tanto amedronta as pessoas. A morte é indesejável porque ela não estava nos planos de Deus pr'a nenhum de nós e apesar de muitas vezes não estarmos tão satisfeitos aqui nesta vida, é difícil encontrar alguém que lucidamente ou conscientemente deseje morrer, porque ela significa separação definitiva, deixar pra sempre: pessoas, coisas, estilo de vida, desejos, sonhos, ela interrompe planos, projetos e o que é pior, chega sem marcar dia nem hora e sem ser convidada, enfim, a morte "rouba a nossa vida".

Por isso enquanto ela não chega pra nós, devemos viver intensamente, mas esse "intensamente" não quer dizer loucamente ou inconsequentemente, não, é viver em primeiro lugar valorizando-a dia após dia, afinal é o que se tem de mais precioso e é algo divino, é também viver segundo e seguindo os mandamentos de Deus, que se fossem observados certamente hoje tudo poderia ser diferente, mas felizmente ainda temos como prolongar a nossa vida.

A Bíblia (Ef. 6:2,3)fala que honrar pai e mãe tem como recompensa prolongamento de dias sobre a terra, fala também em Pv. 10:27 que o temor do Senhor prolonga os dias da vida, mas por outro lado fala que os anos do perverso serão abreviados, ou seja, Deus não tem compromisso com quem não o teme, portanto estamos diante da fórmula da longevidade, aquele que quiser ter vida longa, é só temer e obedecer ao Senhor Deus, pois se assim agirmos, independente da quantidade de anos que vivermos, viveremos sem tanto medo da morte porque estaremos vivendo com uma qualidade de vida que nos dará condições de enfrentarmos tudo sem desespero, insegurança, ansiedade ou quaisquer outras coisas que nos prive de desfrutarmos o que a vida nos oferece de bom e então quando ela, a morte, nos visitar (isso é inevitável), deixaremos um legado de força, coragem, bons exemplos, lutas e vitórias, erros e acertos, mas tudo isso com a consciência de dever cumprido, tendo passado pela vida deixando passos que poderão ser seguidos ou um exemplo de vida para inspirar outros que ficarem, assim mantendo viva em suas memórias as vidas que se foram e de certa forma tornando-se "imortais" para aqueles que as guardam.

sábado, 30 de maio de 2009

Lições de um deserto


Já há algum tempo não escrevia, não que estivesse sem assunto, eu diria: sem motivação e diga-se de passagem, motivos não me faltavam(???), mas entre ter o que dizer e querer dizer, pode haver uma distância imensa, o fato é que nem sempre essas duas situações se encaixam, mas hoje decidi compartilhar algo que me aconteceu e que hoje agradeço a Deus por ter me permitido atravessar mais este deserto.

26 de janeiro de 2009, data em que comemorei, ou melhor, não comemorei meus 45 anos, porque exatamente nesse dia tive que hospitalizar minha mãe que estava gravemente doente e já até podia imaginar que estaria começando mais uma de tantas outras histórias de internação, sendo cada uma mais grave que a outra e dessa vez não foi diferente, ela com um quadro clínico bastante complicado e que se agravava a cada dia, sofria com dores insuportáveis e eu sofria junto por não poder amenizar tais dores, só nos restava então a fé em Deus.

Era tanto sofrimento, que ela chegou em alguns momentos, a pedir a Deus que a levasse desse mundo, nenhum remédio aliviava aquelas dores, eu a acompanhava diariamente e algumas vezes (quase em desespero) perguntava a Deus se Ele não estava vendo aquela agonia e o porque de tanto sofrimento, ela já com 62 anos e com tantas outras situações de doenças, internações, cirurgias, coma, às vezes, etc., mas também pedia a Ele perdão por meus questionamentos, minhas fraquezas, afinal, não sou perfeita e quero que todos saibam disto porque nao sou tão forte como alguns erroneamente acham, pelo contrário, sou fraca, mas o Deus a quem sirvo é que me fortalece e por que ou a quem Ele fortalece? aos que estão ou são fracos e graças a Ele pudemos suportar aquilo que parecia insuportável.

E quando tudo passa, podemos ver claramente coisas (lições) que não conseguimos enquanto estamos vivendo o problema, mas nosso Deus que é misericordioso, nos entende e nos perdoa. Deus me fez perceber que realmente nunca nos deixa sós, apesar das inúmeras vezes que orávamos e Ele não respondia, eu pedia: "Senhor, tira essa dor" e parecia que a dor aumentava, eu tinha que ficar ministrando a Palavra à minha mente pra continuar crendo que Ele sempre está conosco e isso absorvia as minhas forças, eu passava o dia todo com ela no hospital e quando voltava à noite pra casa, estava exausta, física, emocional e espiritualmente, passava a noite orando e clamando, pedindo que Ele me renovasse, afinal tinha que ir no dia seguinte novamente ao hospital e isso seguiu-se por várias semanas.

Ela não melhorava nem um pouco, eram gritos de dores, mas o Senhor jamais abandona seus filhos, quando parecia que Ele se ausentava era quando mais estava perto, isso é paradoxal, mas me faz lembrar a figura de um pai ensinando seu filho a andar sozinho, ele solta a mão da criança pra ela aprender a se equilibrar, mas fica sempre com seus braços estendidos e no momento que ela desequilibra, ele está lá pronto para segurá-la e abraça-la, assim é Deus. Ele quer que sejamos equilibrados sempre e pra isso permite que passemos por situações difícieis pra nos ensinar a caminhar na vida com passos firmes, sem vacilar e assim alcançarmos o fim da jornada vitoriosamente.

E durante essa experiência que vivi, o Senhor Deus, meu pai, me ensinou algo que já algum tempo eu vinha pedindo a Ele: a serenidade para enfrentar tais situações sem perder o equilíbrio, sem desespero e eu posso me atrever a dizer que estou quase chegando lá e o que me dá essa certeza, foi testemunhado por uma pessoa que não professa a mesma fé que eu, mesmo que tenha sido de maneira distorcida. No segundo dia de internação minha mãe foi transferida para um outro hospital e na ambulância que íamos, havia uma outra paciente que iria junto para fazer um determinado exame, ela viu e ouviu os gritos de dores e a agonia que minha mãe sofria e me via calma, sem desespero, sem choro, nem lamentos, pois eu orava em espírito enquanto a segurava na maca para não cair, pois ela se contorcia muito e pra surpresa minha, essa senhora estava horrorizada com minha atitude, segundo ela, eu era uma pessoa muito fria, pois eu não demonstrava nenhum sentimento, apesar de todo aquele sofrimento da minha mãe, eu simplesmente disse a ela que não era frieza e sim que era Deus que estava me dando forças para eu suportar tudo aquilo e o que ela chamava de frieza, eu chamo de serenidade e isso é algo maravilhoso, é realmente sobrenatural, a dor que eu sentia naquele momento por não poder fazer nada pra aliviar aquele sofrimento era suplantada pela paz e pela confiança de que aquilo tudo passaria, sentimentos estes que somente Deus, o Senhor pode dar e isso não é qualquer pessoa que pode entender, apenas aqueles que já têm uma experiência profunda com Ele,o que não era o caso daquela pobre senhora.

Ainda aprendi outras lições que espero sinceramente poder colocá-las em prática na minha vida cristã, visando o meu crescimento e maturidade espiritual, confesso que em alguns momentos achei que não conseguiria suportar tudo que passamos naquele hospital, mas a fidelidade e o amor de Deus é algo que transcende e Ele usou muitas pessoas para nos dar apoio e de todas as formas possíveis, pude mais uma vez experimentar o amor dos nossos irmãos e amigos que tão sensibilizadamnete nos acompanharam em todos aqueles momentos fazendo valer a palavra que diz:"chorai com os que choram" e em cada lágrima derramada por cada um desses amigos e irmãos pude sentir o amor deles por nós e isso é impagável e se não fosse esse apoio, através principalmente das orações, certamente teria sido muito mais difícil suportar tudo aquilo.

Agradeço a cada um destes que se doaram de alguma forma para nos ajudar, somente Deus é capaz de recompensá-los e isso só me faz lembrar do texto de Êxodo 17, onde Moisés subiu ao monte levando Arão, Hur e o seu bordão, o povo deveria lutar contra os inimigos e enquanto Moisés estendia estendia a mão, o povo prevalecia, quando ele baixava por estar cansado, o inimigo era quem prevalecia, então Arão e Hur colocaram uma pedra pra ele (Moisés)se sentar e ficaram segurando os braços dele e isso durante todo o dia e assim os israelitas venceram aquela guerra. Contextualizando, me sentia como Moisés e às vezes cansava, mas sentia a igreja (meus amigos e irmãos) segurando em meus braços e hoje estou aqui contando a vitória, enfatizando a importância de se ter amigos de verdade que abraçam a nossa causa como se fosse sua, como diz a Bíblia: "levando as cargas uns dos outros".

Hoje minha mãe está em casa, graças a Deus, convalescendo e em breve estará de volta à igreja para ela mesmo testemunhar do milagre de Deus em sua vida. Ela, melhor do que eu, pode falar do que Deus tem feito na vida dela e que assim seja glorificado o nome do Senhor em nossas vidas e que todo propósito dEle seja cumprido para o nosso crescimento e para sua glória. Vou ficando por aqui e espero sinceramente que este testemunho tenha ajudado a edificar alguém que porventura esteja passando por uma experiência difícil, afinal nenhum de nós está livre de passar por um deserto.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Coisas da Vida


Quando a Bíblia fala em novidade de vida, creio que ela quer falar de se viver experiências novas no nosso dia a dia, afinal essa palavra foi deixada a nós, seres humanos e portanto, mortais, imperfeitos, aprendizes, sim porque estamos sempre aprendendo algo novo se o buscarmos.
Eu, particularmente, acho tudo isso fascinante porque além da experiência pessoal que temos quando encontramos a Cristo, que nos transforma em pessoas melhores, que tem o poder de mudar nossa história, dando a ela um final feliz, também vivemos outras experiências com nossos irmãos que são pessoas iguais a nós, mas que também nos ensinam grandes coisas, nos enriquecem com suas atitudes, seus gestos, nos emocionam com seus sentimentos e então quando pensamos que já vimos tudo, vem alguém e nos surpreende e de uma forma tão maravilhosa que nos leva a parar e pensar no que é o universo humano, chegando a clara conclusão que realmente somos a obra-prima de Deus e portanto, especiais.

Um dia desses vivi um momento ímpar em minha vida e isso, dias antes do meu aniversário, o que considerei como um presente, para muitos, talvez não seja tão importante como foi pr'a mim, afinal cada pessoa encara diferente uma mesma situação, mas me tocou profundamente o que presenciei.
Eu estava conversando com um certo amigo que compartilhava sobre um relacionamento que tivera e de como ele estava sofrendo por se sentir culpado por imaginar como aquela com quem ele dividira um bom tempo da sua vida em um romance que parecia dar certo, poderia estar sofrendo também, uma vez que ele conhecera outra pessoa por quem se interessara e ficou dividido, afinal era amor ou não? ele se questionava, a situação (dúvida) ficou tão séria que perdia o sono, veio a inquietação, a dor, o sofrimento e toda "perturbação" que isso pode causar, inclusive uma profunda tristeza e enquanto ele dividia essa "dor" comigo, as lágrimas desciam, ele estava chorando, literalmente e aquilo me surpreendeu de uma forma tão chocante (no bom sentido), que ao invés de eu chorar com ele, eu estava achando aquilo lindo(???), não falei isso a ele naquele momento, mas aquela atitude dele mostrou que ele é um homem muito sensível, muito sincero e que é o tipo de pessoa que valoriza os sentimentos, tanto os dele como os dos outros e ele nem ficou constrangido em mostrar isso, ao contrário de tantos outros homens por ai, que preferem se esconder atrás de uma postura "machista" achando que nós mulheres não podemos ver um homem chorar, porque isso pode significar fraqueza ou coisa parecida.
Esse meu amigo provou que ser homem, é ser sensível, principalmente em se tratando de mulheres, ele demonstrou que não é uma pessoa inconsequente e é plenamente consciente da situação, buscando uma solução coerente e nem tanto sofredora para ambos.

Por tudo isso me considero presenteada com um amigo desse. Eu o admiro, pois até me inspirou a escrever este texto e quero que ele saiba que seja lá quem for, a ganhar o coração dele, será uma mulher muito feliz, porque ele é uma pessoa mais que especial e oro a Deus pra que o ajude a encontrar a pessoa que também o fará feliz.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Contando os Meus Dias


Eu particularmente não tenho nenhum problema em contar esses dias, que ao todo são aproximadamente 16.425, e se alguém quiser trocar isso em anos, fiquem à vontade. E o que eu posso contar além dos números? bem, o tempo passou e eu nem percebi, só sei que é um bom momento para fazer um balanço, porque é tempo de renovação, de limpeza, de arrumação, ou seja, renovar o que está envelhecendo, jogar fora o que é inútil e organizar o que está fora de lugar, então devo começar renovando a minha disposição, coragem, alegria, trabalho, força de vontade, enfim, são tantas coisas, mas o que eu mais quero é renovar a minha capacidade de amar, jamais quero perdê-la, pois uma pessoa que não ama, já está quase morta, porque o amor dá vida e se depender de mim quero estar viva, enquanto eu tiver vida, também preciso me desfazer de coisas pequenas, elas se acumulam e acabam ocupando muito espaço e atrapalhando e muitas vezes impedindo que coisas relevantes se sobressaiam, dentre essas tais coisas pequenas, posso destacar: lembranças que me fazem sofrer, trazendo à prática Lm 3:22, frustrações que podem me paralizar (Fp 3:13), decepções que me impedem de continuar, sonhos impossíveis de realizar e que nos deixam ansiosos (Fp 4:6), até pessoas que me fizeram ou fazem sofrer, etc. e pra arrumar tudo isso vou precisar de uma boa dose de boa vontade, porque mexer com uma estrutura demanda esforços e tem coisas muito enraizadas e se forem arrancadas de vez, podem causar dor e disso eu já estou cheia, mas se for preciso, eu abro mão, o que quero é ter novidade de vida e pra tudo isso vou precisar sempre do meu Pai, sozinha eu não conseguirei e depois de tudo feito vou conservar o que me tem fortalecido até aqui, que é o meu Deus, a minha fé, a minha família e os meus amigos, todos aqueles que estão comigo sempre, que independente dos meus momentos, das minhas fraquezas, falhas, limitações, imperfeições, etc., não desistem de mim e esse é o meu maior presente, saber que tenho sempre alguém por perto, seja fisicamente ou seja no sentimento, por isso depois de toda essa auto análise, posso dizer que a vida vale a pena, que as experiências vividas só me estimulam a continuar tentando desvendar o mistério da vida, afinal preciso descobrir pra quê tudo isso? Qual a minha missão aqui? ou seja, qual a vontade de Deus pra minha vida? E o que eu descobri até agora de mais importante, é que Deus me ama muito, disso eu não posso me queixar e é esse amor que me tem dado condições de superar as adversidades e aflições, porque Ele é sempre comigo e me faz sentir segura, protegida, cuidada, enfim, amada, então que venham os outros dias se assim Ele quiser e que com eles também venha a sabedoria e o entendimento pra vivê-los segundo a sua vontade, a Ele, meu Pai, a minha gratidão por esses anos todos e se em algum dia desses anos, eu deixei de honrá-lo como Senhor, que me perdoe e que também me tire a vida antes que um dia isso possa acontecer, portanto o que posso contabilizar até agora, além dos indesejáveis cabelos brancos que já começam a aparecer e das inconvenientes ruguinhas inevitáveis, são as bênçãos imerecidas que tenho acumulado e ainda que eu me esforce não poderei expressar minha gratidão ao meu Deus e Pai que me viu ainda informe no ventre da minha mãe e desde então me amou incondicionalmente e aqui estou como uma confirmação da sua vontade, por isso, a Ele minha oração pra que me ensine a amá-lo como Ele merece e pra sempre e que também me ensine a contar os meus dias para que eu tenha um coração sábio, como pediu Moisés e somente assim poderei ter aniversários felizes, pra mim e pra todos que fazem parte da minha vida e por conseguinte da minha história.