
Já há algum tempo não escrevia, não que estivesse sem assunto, eu diria: sem motivação e diga-se de passagem, motivos não me faltavam(???), mas entre ter o que dizer e querer dizer, pode haver uma distância imensa, o fato é que nem sempre essas duas situações se encaixam, mas hoje decidi compartilhar algo que me aconteceu e que hoje agradeço a Deus por ter me permitido atravessar mais este deserto.
26 de janeiro de 2009, data em que comemorei, ou melhor, não comemorei meus 45 anos, porque exatamente nesse dia tive que hospitalizar minha mãe que estava gravemente doente e já até podia imaginar que estaria começando mais uma de tantas outras histórias de internação, sendo cada uma mais grave que a outra e dessa vez não foi diferente, ela com um quadro clínico bastante complicado e que se agravava a cada dia, sofria com dores insuportáveis e eu sofria junto por não poder amenizar tais dores, só nos restava então a fé em Deus.
Era tanto sofrimento, que ela chegou em alguns momentos, a pedir a Deus que a levasse desse mundo, nenhum remédio aliviava aquelas dores, eu a acompanhava diariamente e algumas vezes (quase em desespero) perguntava a Deus se Ele não estava vendo aquela agonia e o porque de tanto sofrimento, ela já com 62 anos e com tantas outras situações de doenças, internações, cirurgias, coma, às vezes, etc., mas também pedia a Ele perdão por meus questionamentos, minhas fraquezas, afinal, não sou perfeita e quero que todos saibam disto porque nao sou tão forte como alguns erroneamente acham, pelo contrário, sou fraca, mas o Deus a quem sirvo é que me fortalece e por que ou a quem Ele fortalece? aos que estão ou são fracos e graças a Ele pudemos suportar aquilo que parecia insuportável.
E quando tudo passa, podemos ver claramente coisas (lições) que não conseguimos enquanto estamos vivendo o problema, mas nosso Deus que é misericordioso, nos entende e nos perdoa. Deus me fez perceber que realmente nunca nos deixa sós, apesar das inúmeras vezes que orávamos e Ele não respondia, eu pedia: "Senhor, tira essa dor" e parecia que a dor aumentava, eu tinha que ficar ministrando a Palavra à minha mente pra continuar crendo que Ele sempre está conosco e isso absorvia as minhas forças, eu passava o dia todo com ela no hospital e quando voltava à noite pra casa, estava exausta, física, emocional e espiritualmente, passava a noite orando e clamando, pedindo que Ele me renovasse, afinal tinha que ir no dia seguinte novamente ao hospital e isso seguiu-se por várias semanas.
Ela não melhorava nem um pouco, eram gritos de dores, mas o Senhor jamais abandona seus filhos, quando parecia que Ele se ausentava era quando mais estava perto, isso é paradoxal, mas me faz lembrar a figura de um pai ensinando seu filho a andar sozinho, ele solta a mão da criança pra ela aprender a se equilibrar, mas fica sempre com seus braços estendidos e no momento que ela desequilibra, ele está lá pronto para segurá-la e abraça-la, assim é Deus. Ele quer que sejamos equilibrados sempre e pra isso permite que passemos por situações difícieis pra nos ensinar a caminhar na vida com passos firmes, sem vacilar e assim alcançarmos o fim da jornada vitoriosamente.
E durante essa experiência que vivi, o Senhor Deus, meu pai, me ensinou algo que já algum tempo eu vinha pedindo a Ele: a serenidade para enfrentar tais situações sem perder o equilíbrio, sem desespero e eu posso me atrever a dizer que estou quase chegando lá e o que me dá essa certeza, foi testemunhado por uma pessoa que não professa a mesma fé que eu, mesmo que tenha sido de maneira distorcida. No segundo dia de internação minha mãe foi transferida para um outro hospital e na ambulância que íamos, havia uma outra paciente que iria junto para fazer um determinado exame, ela viu e ouviu os gritos de dores e a agonia que minha mãe sofria e me via calma, sem desespero, sem choro, nem lamentos, pois eu orava em espírito enquanto a segurava na maca para não cair, pois ela se contorcia muito e pra surpresa minha, essa senhora estava horrorizada com minha atitude, segundo ela, eu era uma pessoa muito fria, pois eu não demonstrava nenhum sentimento, apesar de todo aquele sofrimento da minha mãe, eu simplesmente disse a ela que não era frieza e sim que era Deus que estava me dando forças para eu suportar tudo aquilo e o que ela chamava de frieza, eu chamo de serenidade e isso é algo maravilhoso, é realmente sobrenatural, a dor que eu sentia naquele momento por não poder fazer nada pra aliviar aquele sofrimento era suplantada pela paz e pela confiança de que aquilo tudo passaria, sentimentos estes que somente Deus, o Senhor pode dar e isso não é qualquer pessoa que pode entender, apenas aqueles que já têm uma experiência profunda com Ele,o que não era o caso daquela pobre senhora.
Ainda aprendi outras lições que espero sinceramente poder colocá-las em prática na minha vida cristã, visando o meu crescimento e maturidade espiritual, confesso que em alguns momentos achei que não conseguiria suportar tudo que passamos naquele hospital, mas a fidelidade e o amor de Deus é algo que transcende e Ele usou muitas pessoas para nos dar apoio e de todas as formas possíveis, pude mais uma vez experimentar o amor dos nossos irmãos e amigos que tão sensibilizadamnete nos acompanharam em todos aqueles momentos fazendo valer a palavra que diz:"chorai com os que choram" e em cada lágrima derramada por cada um desses amigos e irmãos pude sentir o amor deles por nós e isso é impagável e se não fosse esse apoio, através principalmente das orações, certamente teria sido muito mais difícil suportar tudo aquilo.
Agradeço a cada um destes que se doaram de alguma forma para nos ajudar, somente Deus é capaz de recompensá-los e isso só me faz lembrar do texto de Êxodo 17, onde Moisés subiu ao monte levando Arão, Hur e o seu bordão, o povo deveria lutar contra os inimigos e enquanto Moisés estendia estendia a mão, o povo prevalecia, quando ele baixava por estar cansado, o inimigo era quem prevalecia, então Arão e Hur colocaram uma pedra pra ele (Moisés)se sentar e ficaram segurando os braços dele e isso durante todo o dia e assim os israelitas venceram aquela guerra. Contextualizando, me sentia como Moisés e às vezes cansava, mas sentia a igreja (meus amigos e irmãos) segurando em meus braços e hoje estou aqui contando a vitória, enfatizando a importância de se ter amigos de verdade que abraçam a nossa causa como se fosse sua, como diz a Bíblia: "levando as cargas uns dos outros".
Hoje minha mãe está em casa, graças a Deus, convalescendo e em breve estará de volta à igreja para ela mesmo testemunhar do milagre de Deus em sua vida. Ela, melhor do que eu, pode falar do que Deus tem feito na vida dela e que assim seja glorificado o nome do Senhor em nossas vidas e que todo propósito dEle seja cumprido para o nosso crescimento e para sua glória. Vou ficando por aqui e espero sinceramente que este testemunho tenha ajudado a edificar alguém que porventura esteja passando por uma experiência difícil, afinal nenhum de nós está livre de passar por um deserto.
26 de janeiro de 2009, data em que comemorei, ou melhor, não comemorei meus 45 anos, porque exatamente nesse dia tive que hospitalizar minha mãe que estava gravemente doente e já até podia imaginar que estaria começando mais uma de tantas outras histórias de internação, sendo cada uma mais grave que a outra e dessa vez não foi diferente, ela com um quadro clínico bastante complicado e que se agravava a cada dia, sofria com dores insuportáveis e eu sofria junto por não poder amenizar tais dores, só nos restava então a fé em Deus.
Era tanto sofrimento, que ela chegou em alguns momentos, a pedir a Deus que a levasse desse mundo, nenhum remédio aliviava aquelas dores, eu a acompanhava diariamente e algumas vezes (quase em desespero) perguntava a Deus se Ele não estava vendo aquela agonia e o porque de tanto sofrimento, ela já com 62 anos e com tantas outras situações de doenças, internações, cirurgias, coma, às vezes, etc., mas também pedia a Ele perdão por meus questionamentos, minhas fraquezas, afinal, não sou perfeita e quero que todos saibam disto porque nao sou tão forte como alguns erroneamente acham, pelo contrário, sou fraca, mas o Deus a quem sirvo é que me fortalece e por que ou a quem Ele fortalece? aos que estão ou são fracos e graças a Ele pudemos suportar aquilo que parecia insuportável.
E quando tudo passa, podemos ver claramente coisas (lições) que não conseguimos enquanto estamos vivendo o problema, mas nosso Deus que é misericordioso, nos entende e nos perdoa. Deus me fez perceber que realmente nunca nos deixa sós, apesar das inúmeras vezes que orávamos e Ele não respondia, eu pedia: "Senhor, tira essa dor" e parecia que a dor aumentava, eu tinha que ficar ministrando a Palavra à minha mente pra continuar crendo que Ele sempre está conosco e isso absorvia as minhas forças, eu passava o dia todo com ela no hospital e quando voltava à noite pra casa, estava exausta, física, emocional e espiritualmente, passava a noite orando e clamando, pedindo que Ele me renovasse, afinal tinha que ir no dia seguinte novamente ao hospital e isso seguiu-se por várias semanas.
Ela não melhorava nem um pouco, eram gritos de dores, mas o Senhor jamais abandona seus filhos, quando parecia que Ele se ausentava era quando mais estava perto, isso é paradoxal, mas me faz lembrar a figura de um pai ensinando seu filho a andar sozinho, ele solta a mão da criança pra ela aprender a se equilibrar, mas fica sempre com seus braços estendidos e no momento que ela desequilibra, ele está lá pronto para segurá-la e abraça-la, assim é Deus. Ele quer que sejamos equilibrados sempre e pra isso permite que passemos por situações difícieis pra nos ensinar a caminhar na vida com passos firmes, sem vacilar e assim alcançarmos o fim da jornada vitoriosamente.
E durante essa experiência que vivi, o Senhor Deus, meu pai, me ensinou algo que já algum tempo eu vinha pedindo a Ele: a serenidade para enfrentar tais situações sem perder o equilíbrio, sem desespero e eu posso me atrever a dizer que estou quase chegando lá e o que me dá essa certeza, foi testemunhado por uma pessoa que não professa a mesma fé que eu, mesmo que tenha sido de maneira distorcida. No segundo dia de internação minha mãe foi transferida para um outro hospital e na ambulância que íamos, havia uma outra paciente que iria junto para fazer um determinado exame, ela viu e ouviu os gritos de dores e a agonia que minha mãe sofria e me via calma, sem desespero, sem choro, nem lamentos, pois eu orava em espírito enquanto a segurava na maca para não cair, pois ela se contorcia muito e pra surpresa minha, essa senhora estava horrorizada com minha atitude, segundo ela, eu era uma pessoa muito fria, pois eu não demonstrava nenhum sentimento, apesar de todo aquele sofrimento da minha mãe, eu simplesmente disse a ela que não era frieza e sim que era Deus que estava me dando forças para eu suportar tudo aquilo e o que ela chamava de frieza, eu chamo de serenidade e isso é algo maravilhoso, é realmente sobrenatural, a dor que eu sentia naquele momento por não poder fazer nada pra aliviar aquele sofrimento era suplantada pela paz e pela confiança de que aquilo tudo passaria, sentimentos estes que somente Deus, o Senhor pode dar e isso não é qualquer pessoa que pode entender, apenas aqueles que já têm uma experiência profunda com Ele,o que não era o caso daquela pobre senhora.
Ainda aprendi outras lições que espero sinceramente poder colocá-las em prática na minha vida cristã, visando o meu crescimento e maturidade espiritual, confesso que em alguns momentos achei que não conseguiria suportar tudo que passamos naquele hospital, mas a fidelidade e o amor de Deus é algo que transcende e Ele usou muitas pessoas para nos dar apoio e de todas as formas possíveis, pude mais uma vez experimentar o amor dos nossos irmãos e amigos que tão sensibilizadamnete nos acompanharam em todos aqueles momentos fazendo valer a palavra que diz:"chorai com os que choram" e em cada lágrima derramada por cada um desses amigos e irmãos pude sentir o amor deles por nós e isso é impagável e se não fosse esse apoio, através principalmente das orações, certamente teria sido muito mais difícil suportar tudo aquilo.
Agradeço a cada um destes que se doaram de alguma forma para nos ajudar, somente Deus é capaz de recompensá-los e isso só me faz lembrar do texto de Êxodo 17, onde Moisés subiu ao monte levando Arão, Hur e o seu bordão, o povo deveria lutar contra os inimigos e enquanto Moisés estendia estendia a mão, o povo prevalecia, quando ele baixava por estar cansado, o inimigo era quem prevalecia, então Arão e Hur colocaram uma pedra pra ele (Moisés)se sentar e ficaram segurando os braços dele e isso durante todo o dia e assim os israelitas venceram aquela guerra. Contextualizando, me sentia como Moisés e às vezes cansava, mas sentia a igreja (meus amigos e irmãos) segurando em meus braços e hoje estou aqui contando a vitória, enfatizando a importância de se ter amigos de verdade que abraçam a nossa causa como se fosse sua, como diz a Bíblia: "levando as cargas uns dos outros".
Hoje minha mãe está em casa, graças a Deus, convalescendo e em breve estará de volta à igreja para ela mesmo testemunhar do milagre de Deus em sua vida. Ela, melhor do que eu, pode falar do que Deus tem feito na vida dela e que assim seja glorificado o nome do Senhor em nossas vidas e que todo propósito dEle seja cumprido para o nosso crescimento e para sua glória. Vou ficando por aqui e espero sinceramente que este testemunho tenha ajudado a edificar alguém que porventura esteja passando por uma experiência difícil, afinal nenhum de nós está livre de passar por um deserto.